terça-feira, 12 de agosto de 2008

A serviço da vida e da esperança

“Se alguém tem o dom do Serviço, exerça-o como capacidade proporcionada por Deus, a fim de que, em todas as coisas, Deus seja glorificado” 1Pd 4,11

O nosso Deus é servidor. Ele nos chama a vida, nos confia uma vocação e nos convoca ao anuncio do Reino. Seu amor sem limites nós experimentamos na intimidade e comprometimento com Jesus que disse “Eu, porém estou no meio de Vós como Aquele que serve”. (Lc 22,27) O próprio Cristo deseja que sejamos Sal da terra e Luz do mundo. Deste modo, como cristãos, discípulos missionários de Jesus Cristo, todos nós somos chamados a servir sem temor e com humildade!

De modo específico, os ministros ordenados são chamados a viver e a testemunhar o serviço de modo particular na vida da Igreja. Nesta perspectiva é que se encontra o diácono. Muitas pessoas pensam que o diaconato é um simples “estágio” pelo qual um jovem que deseja ser padre deve passar. No entanto, sua importância e singularidade vão além de um “estágio”. É uma marca no ser que configura toda uma vida que se coloca a serviço do Povo de Deus.

O diácono não é ordenado para si mesmo, nem para colocar-se acima dos leigos, nem só para desempenhar funções diferentes dos presbíteros e dos bispos. Através de sua vida e ação, incorporadas à Igreja por meio de um sacramento, ele deve revelar uma dimensão especial da diaconia, isto é, o diácono deve ser o Sacramento do Cristo Servo.

Como nos exortava nosso Bispo Dom Félix, a identidade do diácono encontra-se, antes de tudo, na ordem do ser. Pela ordenação ele recebe uma marca indestrutível, que envolve a totalidade do seu ser. Ele recebe uma graça sacramental que determina o espírito com que há de exercer seu ministério. Por essa razão, não deve, em primeiro lugar, ser definido a partir das funções lhe são confiadas. O diácono é chamado a viver a diaconia da caridade, da Palavra e da Liturgia.

Assim, podemos afirmar que a vida e ministério do diácono é um contínuo sair de si mesmo, um contínuo não se pertencer, um perene ser conduzido aonde não gostaria de ir, se fosse conduzido por suas inclinações naturais. Mas aí vai porque é onde o conduzem o amor e a obediência a seu Senhor que o escolheu e o tirou do meio do povo, a fim de ser no mundo seu ministro. Quem o conduz é o próprio amor e o serviço humilde aos seus irmãos, sobretudo aos mais pobres e mais fracos, a fim de anunciar-lhes o Evangelho e restaurá-los na sua dignidade de filhos amados de Deus. Vivendo assim, o diácono estará contribuindo para criar um novo modelo de Igreja, mais de acordo com o sonho de Jesus e o projeto do Pai.

Como bem nos lembra Santo Afonso, "Quem ama a Deus encontrará alegria em tudo, quem não ama a Deus não encontrará alegria em nada." A alegria de viver este ministério faz ecoar em meu coração a certeza de que Deus nos escolhe com critérios de amor e, mesmo sem merecimentos, nos concede seus dons e nos acompanha com sua misericórdia a fim de que, tudo o que fizermos na vida com amor, Ele confirme com sua graça. É com esta certeza que tenho vivido os meus primeiros dias como diácono da Igreja a serviço do Povo de Deus.

Agradeço a todos que viveram comigo este momento tão especial de minha vocação. A todos que participaram da celebração na Catedral Nossa Senhora da Luz, bem como todos aqueles que rezaram e me acompanharam nestes anos. A vocês minha eterna gratidão. Como diácono, tenho como propósito estar sempre a serviço da vida e da esperança. De modo especial agradeço a todos vocês de minha paróquia de origem, a nossa amada P.N.S. do Livramento. Muito obrigado pela presença e carinho de todos vocês em minha vida e vocação. Peço de coração para que a Serva do Senhor continue a interceder pelo bem de nossas comunidades, pastorais e movimentos. Que Deus os abençoe sempre. Mesma na distância somos corações em sintonia. A vocês o meu muito obrigado!

Nosso bispo confirmou onde vou exercer o meu diaconato. Será na querida Paróquia Santo Antônio da cidade de Arcos - MG. Peço a todos que rezem por mim e pelo o Povo de Deus o qual sou enviado. Por fim, termino recordando a canção que nosso bispo entoou na homilia de nossa ordenação e que expressa a alegria que vivo neste momento.

“Eis-me aqui Senhor para servir! Eis-me aqui Senhor no teu altar!
Celebrar a vida e a vida em comunhão. A minha vida eu quero te entregar”

Amado irmão, querida irmã,
Que o caminho seja brando a teus pés,o vento sopre leve em teus ombros.
Que o sol brilhe cálido sobre tua face, as chuvas caiam serenas em teus campos.
E até que eu de novo te veja,Deus te guarde na palma de sua mão.

Com estima fraterna:
Diác. Patriky Samuel Batista

Um comentário:

Anônimo disse...

Que legao do blog, tá d+++++